domingo, 20 de março de 2011

Ditador da Líbia promete "guerra longa" ao Ocidente

Tanque do exército de Kadafi

Foto: AFP

O líder Muammar Kadafi afirmou neste domingo (20) que a Líbia está preparada para manter uma "longa guerra" contra as forças aliadas ocidentais, que lançam desde sábado ataques contra as tropas leais ao regime de Trípoli.

Segundo informações da agência de notícias EFE, em discurso transmitido pela televisão estatal líbia, Kadafi prometeu uma vitória contra o que chamou de "novo nazismo" e disse que está "armando todos os líbios".


A Líbia se prepara "para uma longa guerra" que as forças aliadas não poderão enfrentar, declarou Kadafi, em seu segundo discurso público desde a operação iniciada contra seu regime por forças internacionais e autorizada pela ONU para proteger os civis líbios.

Muammar Kadafi, ditador da Líbia
Foto: AFP

"Estamos em nossa terra. Os líbios estão unidos atrás de um comando unificado. Vamos lutar em uma frente ampla", exclamou Kadafi, que garantiu vitória sobre os líderes aliados, qualificando-os de "selvagens e criminosos".
Para o líder líbio, o ataque das forças aliadas é uma "nova guerra das cruzadas para apagar o Islã" e os ocidentais. Com esta ação, estão dando a "oportunidade de liderar uma nova revolução popular".
"Deus está conosco, o diabo está com vocês. Todos os líbios estão prontos para o martírio. Vamos ganhar e vocês irão morrer", ressaltou. "Esta (guerra) já não é um problema interno (da Líbia), mas um conflito entre o povo líbio e os novos nazistas".
Kadafi afirmou que os líderes ocidentais cairão como "Hitler e Mussolini" e acusou-os de não "lembrar as lições da História".
Para o líder líbio, a vitória final de seu país é "inevitável" e todas as cidades acabarão se rebelando "contra esses atos característicos de um novo colonialismo".
"Lutamos para defender nossa terra e nosso petróleo", exclamou Kadafi. "A vítima sempre acaba vencendo os bárbaros e o terrorismo", acrescentou.
Segundo ele, a Líbia será libertada "palmo a palmo" e o Islã e seu país serão, a partir de agora, "mais fortes".
Hugo Freitas

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