quarta-feira, 30 de março de 2011

Professores são recebidos na Assembleia Legislativa por Cavalaria da Polícia Militar


Onze deputados encabeçados pelo presidente em exercício da Assembléia Legislativa (AL), Marcos Caldas (PRB), reuniram-se na manhã desta terça-feira (29), com a comissão de trabalhadores em educação. A conversa com os parlamentares só foi possível, depois que os educadores realizaram em frente ao Palácio Manoel Bequimão, no Cohafuma, manifestação a fim de sensibilizá-los quanto os motivos da greve deflagrada no início deste mês com a participação de milhares de educadores em todo o Estado.

Durante o ato, os trabalhadores ocuparam todos os espaços da Casa Parlamentar. Com apitos, faixas e palavras de ordem, eles tentaram chegar até o Plenário, mas foram impedidos pelos seguranças do local, ficando apenas uma comissão de dez pessoas para um entendimento com os representantes da AL.

Destaque para a reclamação do deputado Marcelo Tavares (PSB) quanto à presença de uma equipe da cavalaria da Polícia Militar em frente à AL, a fim de inibir o ato dos trabalhadores.

Reunida, a comissão de professores falou mais uma vez da motivação da greve, das políticas educacionais do Estado e da situação com que se encontram as escolas e os educadores por todo o Estado. Os parlamentares envolvidos na conversa mostraram total desconhecimento sobre a greve e suas reais motivações.

Na ocasião, foi cobrado que a AL cumpra o seu papel nesse processo que é buscar a negociação entre governo e sindicato. Ainda na ocasião, foi solicitado aos defensores do governo que busquem sensibilizar a gestão Roseana Sarney a retomar o processo de negociação.

“A Assembléia Legislativa precisa assumir a defesa da educação. A sociedade precisa saber que os deputados se curvam definitivamente às políticas do governo, deixando de lado os interesses públicos. Precisamos denunciar a falta de vontade política dos governos conservadores”, destacou o presidente do SINPROESEMMA, Júlio Pinheiro.

Pinheiro disse ser necessário que os parlamentares, como representantes do povo, prestem contas com a sociedade e deixem claro de que lado estão. “A visita da categoria àquela Casa Parlamentar é para cobrar respeito e compromisso dos deputados para com a educação”, disse ele.

Audiência pública

O deputado Rubens Júnior (PC do B), propôs durante a reunião uma audiência pública com a presença da secretária estadual de educação, Olga Simão. Sua proposição caiu por terra, haja visto a interveniência de deputados da base governista para a não realização da mesma. Uma forma, segundo os educadores, de poupar a gestora de questionamentos e cobranças.

Outra proposição abortada foi a do deputado Bira do Pindaré (PT). Ele sugeriu encontro entre a categoria e a governadora Roseana Sarney. A idéia do petista é ouvir dela uma posição quanto ao movimento grevista.

Ao final do encontro o deputado César Pires (DEM), presidente da comissão de educação, tomou a iniciativa de intervir junto à Seduc, no sentido de que uma nova reunião entre governo e sindicato venha a ser agendada o mais breve possível. O referido parlamentar garantiu um posicionamento em no máximo 24 horas.

Presentes no debate os deputados: César Pires (DEM), Rubens Júnior (PC do B), Bira do Pindaré (PT), Marcelo Tavares (PSB), Neto Evangelista (PSDB), Gardeninha (PSDB), Roberto Costa (PMDB), Edilásio Jr. (PV), Fufuca Dantas (PSDB), Eduardo Braide (PMN) e Cleide Coutinho (PSB).

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