Documento a ser votado em congresso do partido acusa imprensa de fazer campanha por ‘faxina’ no governo Dilma.
O comando do PT elaborou documento em que ataca a imprensa e defende o controle da mídia no Brasil.
No texto, apresentado na quinta-feira à Executiva Nacional como proposta de resolução para o 4º Congresso do partido, o PT defende o fim da propriedade cruzada em veículos de comunicação, a “democratização” da mídia e a “quebra do monopólio”. Apesar disso, o partido sustenta que é contra qualquer tipo de censura.
A Folha apurou que o governo tende a encampar o veto à propriedade cruzada de meios de comunicação. A ideia seria acionar o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para obrigar grupos que têm várias plataformas a se desfazer de parte das concessões.
A resolução preliminar diz que a falta de um marco regulatório e a concentração do domínio midiático “tolhem a democracia”, “silenciam” e “marginalizam”, “criando um clima de imposição de uma versão única no país”.
Em tom bem mais agressivo do que o do 3º Congresso, de 2007, o texto condena “certos veículos que flertam com mecanismos ilegais”.
O partido afirma que, após participar de “conspiração que tentou derrubar, sem êxito, o PT e Lula”, setores da mídia lideram agora “campanha pela faxina” no governo.
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, que está condensando o texto, lembrou em entrevista que o ex-ministro Franklin Martins (Comunicação Social) já apresentou proposta semelhante no governo Lula.
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo (PT-PR), que participará do encontro, disse à Folha que essa não é a pauta do governo:
“É insensato. Lutamos para escrever na Constituição que não pode haver controle prévio e censura”.
Segundo Bernardo, a Lei Geral de Telecomunicações, em discussão no ministério, regula a concessão de emissoras de rádio e TV, mas não de jornais, revistas e internet.
O secretário de Comunicação do PT, André Vargas (PR), porém, diz que o partido não vai se curvar ao governo. Para ele, “a sociedade pode resolver constituir um conselho” para controlar a mídia impressa e a internet.Com 109 pontos, o documento busca proteger a imagem do ex-presidente Lula e minimiza a ideia de que Dilma é mais rigorosa no combate à corrupção.
“Nunca antes na história deste país a corrupção foi combatida com tanta profundidade, sem protecionismos partidários, como nos governos Lula e Dilma”, afirma o documento.
O texto aponta a luta contra a corrupção como “compromisso inarredável do PT e do governo” e diz que a oposição não tem credibilidade para pregar uma “faxina”.
Fonte: Folha de S. Paulo
Por que o alvoroço do PT contra a imprensa, no caso específico, contra a revista VEJA? A revista denunciou a corrupta "herança bendita" que Dilma ajudou construir e recebeu (no "papel", pois Lula continua mandando no governo)e chegou ao "ladrão de hóstias", o Zé Dirceu. Expõe-se, assim, o que é o governo do PT, a falta de caráter de seus dirigentes (e dos que os defendem). É mentira do PT que seu governo tomou a iniciativa na investigação dos casos de corrupção (centenas? milhares?). A IMPRENSA o fez.
ResponderExcluirMas há um detalhe no caso: enquanto as denúncias da imprensa, VEJA em especial, focaram-se no PR e no PMDB, o PT, de modo safado, estava silente. Mas chegou a vez do PT: descobriram o "cafofo do Dirceu"! descobriram a romaria de graúdos do partido para "conversar" com o ladrão de hóstias... ou seja, a coisa bateu no coaração do PT. O que ministro de Estado fazia em um encontnro clandestino? O que o presidente da Petrobrás fazia num encontro clandestino com o "consultor" com interesse naárea do petróleo?
Quer dizer que denúncia só se favorecer o PT? Eles querem a censura, controle é censura, para continuarem nos seus crimes contra o Brasil, s em serem denunciados.
Parabéns à VEJA e a toda a imprensa que não se curva diante da acamarilha petralha.
Muito boa sua observação, companheiro Silas.
ResponderExcluirApesar disso, lutar contra o "monopólio da comunicação" no Brasil também é uma boa medida, uma vez que os proprietários dos conglomerados comunicacionais se fartam, muitas vezes, em silenciar a voz das minorias, privilegiando os interesses políticos e econômicos por trás de cada matéria veiculada.
Mas, enfim, é um assunto bastante polêmico. Daí a necessidade do debate crítico e reflexivo.
Grato pela participação. Abraços fraternos.