quarta-feira, 4 de julho de 2012

DEPUTADA GARDÊNIA CASTELO É CITADA EM DEPOIMENTO QUE INVESTIGA O ASSASSINATO DE DÉCIO SÁ

Gardeninha Castelo, filha do prefeito de São Luís, João Castelo

Por Hugo Freitas

"Quanto mais se mexe no vespeiro, mais os insetos se agitam". Nunca um ditado popular foi tão verdadeiro quanto nas investigações que tentam elucidar a morte do jornalista Décio Sá, executado a tiros num bar da Avenida Litorânea em abril passado.

Parece que não adiantou nada todo o espetáculo armado ontem (03) para a reconstituição dos passos dados pelo assassino confesso Jhonatan Silva. Enquanto se tenta chamar a atenção da mídia para as ações do matador de Décio, vazamentos de depoimentos dos envolvidos no crime (que deveriam ocorrer, de fato, em sigilo) roubam a cena em curtos espaços de tempo.

Mais uma vez, o jornalista e blogueiro Itevaldo divulgou um novo "vazamento" que consta o nome de políticos maranhenses. Dessa vez, trata-se nada mais, nada menos, do que a filha do prefeito de São Luís, a deputada estadual Gardeninha Castelo (PSDB).

Fragmento de texto extraído do Blog do Itevaldo

Segundo o texto publicado pelo referido blogueiro em sua página virtual, a empresária Patricia Gracielli Martins (esposa de Júnior Bolinha) em depoimento aos delegados da Polícia Civil que investigam o assassinato do jornalista Décio Sá, no último dia 20 de junho, revelou uma suposta negociação entre a deputada estadual Gardeninha Castelo (PSDB) – filha do prefeito de São Luís, João Castelo – e o empresário Gláucio Alencar.

A polícia, Patrícia Gracielli contou que Gláucio Alencar teria emprestado a deputada Gardeninha Castelo o valor de R$ 400 mil. Essa revelação está na página seis do depoimento dela à polícia. Ao depor Júnior Bolinha disse que possuía algumas máquinas pesadas alugadas para a prefeitura de São Luís.

Segundo a esposa de Júnior Bolinha, a deputada Gardeninha Castelo e Gláucio Alencar tinham negócios. “Gláucio e a deputada Gardênia Castelo tinham negociações mais eu não sei de que tipo”, disse Patrícia à polícia.

Gardeninha Castelo é o terceiro nome de parlamentares maranhenses citados nas investigações policiais, somando-se aos deputados estaduais Raimundo Cutrim (PSD), citado pelo próprio Jhonatan Silva como "principal mandante" (veja AQUI), e Marcos Caldas (PRB), mencionado por Junior Bolinha como seu sócio em uma concessionária de veículos em São Luís.

Raimundo Cutrim, acusado por Jhonatan de ser o "principal mandante" do crime 


Marcos Caldas, apontado como sócio de Junior Bolinha

Contrariando a tese dos críticos e céticos que tentam desabonar os relatos dos depoentes, principalmente o do assassino confesso, as investigações se concentram cada vez mais sobre os citados nos depoimentos. O que não é de se espantar, uma vez que um matador de aluguel, com cerca de 50 vidas ceifadas sob seu jugo, não age sozinho e muito menos a seu bel prazer. Seus "serviços" foram contratados por gente poderosa e disposta a pagar para eliminar adversários e inimigos.

Mas parece que boa parte dos "críticos de plantão" ainda não se deu conta disso. Não se trata de se "heroicizar" o assassino confesso Jhonatan Silva, que nem no Maranhão morava, e os seus supostos asseclas, mas sim de ir a fundo nas intenções e nos interesses que motivaram a morte do polêmico jornalista Décio Sá.

Afinal, a própria imprensa local divulgou que os peritos da polícia reconheceram a contribuição que Jhonatan está prestando para o andamento das investigações. Estas devem continuar caminhando nessa direção, doa a quem doer. Resta saber se terão fôlego (e poder) suficiente para punir os "peixes graúdos" ainda não capturados. Aliás, eis o principal fator apontado por muitos da necessidade de intervenção da Polícia Federal no caso.

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