quinta-feira, 11 de julho de 2013

Senado recua e aprova fim de suplência para parentes de senadores

Senado Federal

Em manobra articulada por líderes de todos os partidos, o Senado aprovou nesta quarta-feira (10), por 64 votos favoráveis e apenas um contrário, proposta que impede a eleição de suplentes de senadores que sejam parentes até segundo grau dos titulares.

O Senado havia derrubado 24 horas antes proposta semelhante, mas voltou atrás diante da repercussão negativa da decisão – já que a proposta integra a “agenda positiva” da Casa em resposta às manifestações populares.

Com a aprovação da PEC em dois turnos pelo Senado, a proposta segue para análise da Câmara dos Deputados.

Além de impedir que os suplentes sejam cônjuges, parentes consanguíneos ou afins até o segundo grau do titular, a proposta aprovada também acaba com a figura do segundo suplente de senador.

As novas regras não se aplicam aos senadores que estão com mandato, eleitos em 2006 e 2010.

Atualmente, dos 81 senadores, 16 são suplentes – o que representa 20% da Casa.

MANOBRA

Para viabilizar a aprovação do novo modelo de suplência, os líderes dos partidos tiveram que encontrar uma brecha nas regras do Senado, já que a proposta tinha sido rejeitada 24 horas antes.

Com o aval do presidente da Casa, Renan Calheiros, os líderes apresentaram uma emenda ao texto rejeitado, argumentando que o texto principal não foi derrubado pelo Senado, o que permitia a nova aprovação.

Com o apoio de 27 senadores, Francisco Dornelles (PP-RJ) apresentou emenda para restabelecer a proposta, feita originalmente (pasmem!!!) pelo senador José Sarney (PMDB-AP).

Pelas regras do Senado, as emendas à Constituição precisam do voto de pelo menos 49 senadores (três quintos do total) para ser aprovada, teto não alcançado na votação de dois dias atrás, quando apenas 46 foram favoráveis à aprovação da PEC, derrubando a proposta.

Dos 16 suplentes, 8 votaram na terça contra o projeto e 1 se absteve.

Lobão Filho foi o único senador a se abster na votação sobre o fim da suplência por parentes

Nesta quarta, apenas o senador Lobão Filho (PMDB-MA) se absteve da votação. Lobão Filho é suplente do pai, o ministro Edison Lobão (Minas e Energia), que deixou o Senado para integrar o governo Dilma.

Além de Lobinho, os senadores Eduardo Braga (PMDB-AM) e Acir Gurgacz (PDT-RO) também têm parentes como suplentes. Braga, que é líder do governo no Senado, tem como primeira suplente a mulher, Sandra Braga, enquanto Gurgacz tem o pai como seu suplente imediato. 

Com informações da Folha de S. Paulo

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