sexta-feira, 1 de novembro de 2013

ABSURDO DA SEMANA: Revista IstoÉ omite fato político histórico em favor de candidato no Maranhão


Por Hugo Freitas

O Blog do Hugo Freitas inaugura, neste 1o. de novembro, o espaço "Absurdo da Semana", destinado para observar detidamente o assunto mais destacado negativamente na imprensa local, regional e nacional durante a semana.

Desta feita, trata-se de matéria da "Revista IstoÉ", publicada no dia 28 de outubro (segunda-feira) e intitulada de "O desespero do clã Sarney".

No afã de defender um dos lados na disputa pelo comando do Governo do Estado em 2014 e de conferir-lhe maior "ibope", a "IstoÉ" se apressou em dizer, orgulhosamente no subtítulo da "matéria", que a família Sarney corria o risco de, "pela primeira vez em quase meio século", perder o poder no Maranhão, referindo-se à possibilidade de uma vitória de Flávio Dino (PCdoB) contra o "candidato da oligarquia", o secretário estadual de Infra-estrutura Luís Fernando (PMDB).


Ocorre que tanto o autor da matéria quanto o editor da revista simplesmente "esqueceram" da vitória do falecido médico Jackson Lago nas eleições de 2006, quando derrotou a filha do senador José Sarney, Roseana Sarney, em disputa travada no segundo turno. À época, a atual governadora, eleita em 2010 pelo PMDB, integrava o já extinto Partido da Frente Liberal (PFL).

Esta, sim, foi a primeira vez na história política do Maranhão que um candidato da "oposição" conseguiu derrotar nas urnas um candidato da família Sarney na disputa estadual. O fato ficou registrado no dia 29 de outubro de 2006 (confira aqui).

No pleito daquele ano, contudo, foi decisivo para a vitória de Jackson contra Roseana o apoio do governador José Reinaldo Tavares que, após ter sido eleito em 2002 como representante do grupo Sarney, rompeu com este no ano seguinte, passando a partir de então a cerrar fileira no campo da "oposição".

Prova maior de que para vencer uma eleição no Maranhão, a "oposição" precisou da "oligarquia", ou mais especificamente, de um governador "sarneysista".

Somando-se o tempo de gestão de Zé Reinaldo e de Jackson Lago, a "oposição" governou o Maranhão durante sete anos ininterruptos (2003-2009), fato registrado na história política estadual que põe por terra a premissa equivocadamente "plantada" pela revista "IstoÉ" (veja aqui).

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