terça-feira, 31 de dezembro de 2013

A DISPUTA ELEITORAL PARA O GOVERNO DO MARANHÃO

Pesquisa "espontânea"

Por Hugo Freitas

A última pesquisa eleitoral de 2013 para o Governo do Maranhão revelou alguns dados bastante interessantes sobre o eleitorado que tende a votar nos principais candidatos que estão na disputa.

Na pesquisa espontânea (ver quadro acima), onde os eleitores opinam em quem votariam sem o estabelecimento prévio de nomes, o presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB) lidera com 37,5% das intenções de voto, contra apenas 10,1% do eleitorado que vota no secretário estadual de Infra-estrutura, Luís Fernando (PMDB).

É pertinente observar que Flávio Dino, nessa avaliação "espontânea", concentra seu potencial eleitoreiro entre os jovens, na faixa de 16 a 24 anos, registrando 42,4% dos votos. Contudo, o comunista apresenta uma forte tendência de queda à medida que o eleitorado vai "envelhecendo", pontuando 33,3% entre os eleitores de 36 a 45 anos e chegando a 28,3% entre aqueles com mais de 60 anos.

Por seu turno, Luís Fernando aumenta seu potencial de votos entre os eleitores mais velhos, em face ao baixo percentual entre os mais jovens. Na faixa etária de 16 a 24 anos, Fernando registra apenas 6,0% das intenções de voto. Já entre os sexagenários, este percentual chega a 11%.

Pesquisa "sugerida"

Essa tendência nas intenções de voto se mantém quando a pesquisa é "sugerida" (ver quadro acima), contemplando os principais nomes na disputa estadual. Flávio Dino aparece com 60,6% entre os mais jovens e com 39,4% entre os mais velhos. Uma diferença de votos de mais de 20%.

Enquanto isso, Luís Fernando registra 14,6% da preferência do eleitorado jovem e 29,9% entre os mais vividos. Um aumento de 15,3%.

Por isso mesmo, o índice de "rejeição" do candidato governista é maior entre os jovens (40,4%), enquanto a de Flávio é de 16,6% nessa faixa de idade. Entre os mais idosos, a diferença cai para menos de 10%, com Luís pontuando 33,9% de rejeição e Flávio, 24,4%.


Isto se deve, basicamente, às inserções de cada um dos principais candidatos. Enquanto Flávio atua muito mais nas redes sociais, como Facebook e Twitter, onde angaria a simpatia dos jovens internautas, Luís atua como um corpo técnico, um burocrata do governo Roseana que busca traduzir em votos o trabalho que vem desenvolvendo à frente da Secretaria de Infra-estrutura.

Além disso, é entre os mais jovens que impera um sentimento de mudança na política-partidária maranhense. São estes eleitores, entre 16 e 24 anos, que veem em Flávio Dino o mais "novo salvador" do Maranhão. Será que esta tendência se manterá até outubro de 2014 mediante as pragmáticas alianças conservadoras do comunista com membros antes "representantes do atraso"? (confira aqui e aqui).

Já Luís Fernando tem a seu favor o fato de já ter tido uma experiência administrativa de relativo sucesso, como prefeito do município de São José de Ribamar, reconhecido inclusive por seus atuais opositores (confira aqui).

Contudo, pesa contra o mesmo, para mais ou para menos, o aspecto de ser o "candidato da oligarquia", já que os mais jovens tendem a defenestrá-lo e os mais experientes tendem a ungi-lo como o futuro governador do Maranhão, reproduzindo assim a dominação política do grupo situacionista. (Acompanhe aqui a metodologia utilizada pelo Instituto Conceito).

Em 2014, a "guerra das pesquisas" continua, agora sob a égide do "oficialato do TRE-MA".

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