sábado, 11 de janeiro de 2014

TSE subordina o poder de investigação do MP à Justiça Eleitoral


Mais um absurdo da nossa "cega Justiça". O Tribunal Superior Eleitoral retirou do Ministério Público o poder de pedir a instauração de inquéritos policiais para investigação de crimes nas eleições deste ano.

A partir de agora, promotores e procuradores terão de pedir autorização à Justiça Eleitoral para abrir uma apuração de suspeita de caixa dois, compra de votos, abuso de poder econômico, difamação e várias outras práticas.

Até a eleição de 2012, o TSE tinha entendimento diferente. As resoluções anteriores que regulavam as eleições diziam: “o inquérito policial eleitoral somente será instaurado mediante requisição do Ministério Público ou da Justiça Eleitoral”.

Para o pleito de 2014, os ministros mudaram o texto: “o inquérito policial eleitoral somente será instaurado mediante determinação da Justiça Eleitoral”. Ou seja, o Ministério Público foi excluído.

O relator da nova norma, ministro José Antonio Dias Toffoli, que irá assumir o comando da corte em maio, afirma que o tribunal mudou o entendimento histórico por duas razões: processos que não tinham o aval inicial da Justiça estavam sendo anulados; outra razão, garantir maior transparência.

O Ministério Público terá que requerer à Justiça. O que não pode haver é uma investigação de gaveta, que ninguém sabe se existe ou não existe. Qualquer investigação, para se iniciar, tem que ter autorização da Justiça. A polícia e o Ministério Público não podem agir de ofício”, argumentou Toffoli.

Na prática, o que a Corte Eleitoral deliberou foi subjugar o poder de investigação do MP à Justiça, nos trâmites relativos às eleições. Nesse sentido, o TSE caminhou pari passu com o entendimento contido na famigerada PEC 37 (atualmente engavetada), que também prevê a redução dos poderes de investigação do Ministério Público nas esferas cível e criminal.

Os juízes e desembargadores, apadrinhados de políticos e governantes para ascender legalmente na carreira, com apoio da Constituição Federal, agradecem prontamente!

E viva a perpetuação da impunidade e da injustiça no Brasil!!!

Com informações do Estadão

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