segunda-feira, 21 de julho de 2014

NO MARANHÃO, SAI SARNEY, MAS CANDIDATOS NÃO TRAZEM RENOVAÇÃO

Flávio Dino (PCdoB) será candidato (pela 2a. vez) ao Governo do Maranhão em chapa com o PSDB; estreante, Lobão Filho (PMDB) defende Roseana Sarney

Por Chico Gois
Publicado no jornal "O Globo" em 13/07/2014.

As eleições deste ano no Maranhão terão uma novidade que não tem nada de novo, e um candidato que quer representar o novo, mas não é nenhuma novidade. O senador Lobão Filho (PMDB), que se candidata pela primeira vez ao governo do estado, é filho do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), e da deputada federal Eunice Lobão (PMDB-MA), e vai defender o governo de Roseana Sarney (PMDB). E o ex-deputado federal Flávio Dino (PCdoB) — que tentou se eleger em 2010, mas foi derrotado pela própria Roseana — agora faz campanha dizendo que está na hora de o estado mudar e eleger alguém que não faz parte do grupo político de Sarney.

Pela primeira vez em quase 60 anos, o senador e ex-presidente José Sarney decidiu não concorrer a um novo mandato. E sua filha o seguiu, anunciando a aposentadoria das urnas. Embora Sarney buscasse votos no Amapá, a joia da coroa para ele e sua família é o Maranhão. No ano passado, quando tiveram início as conversas para definir quem a substituiria, Roseana chegou a escolher seu secretário de Infraestrutura, Luís Fernando Silva (PMDB). Mas, em abril deste ano, ela o largou e o trocou por Lobão Filho. Este sempre foi primeiro suplente do pai e, com a nomeação de Edison Lobão para o Ministério de Minas e Energia, ganhou a vaga de senador de presente. Quando o pai foi governador, atuou como chefe de gabinete, aprendendo a lidar com as mais diversas demandas.

Flávio Dino é ex-juiz federal, foi deputado e tentou eleger-se prefeito de São Luís em 2008. Em 2010, lançou seu nome ao governo do Estado. Perdeu em ambas. O diretório regional do PT havia decidido apoiar seu nome em 2010, mas a Executiva Nacional da legenda interveio, cedendo o espaço para Roseana. Neste ano, novamente o PT não irá apoiá-lo. Sem mandato em 2010, Dino foi instalar-se na presidência da Empresa Brasileira de Turismo (Embratur), cuja pasta é vinculada ao Ministério do Turismo. Os dois ministros para os quais trabalhou são do grupo de Sarney.

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