Segundo o reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto
Leher, “a previsão é que as universidades federais não passem de setembro deste ano”. Ou
seja: não tem verba suficiente para manter as universidades funcionando até o
final de 2015.
O governo federal cortou o total de R$
10,5 bilhões da Educação neste ano, alegando a necessidade de fazer ajustes
fiscais para a manutenção do pagamento dos juros e amortizações da “dívida”
pública. Uma realidade que já era difícil ficou ainda pior.
As reitorias tomaram diversas medidas
que se tornaram um tormento para a comunidade acadêmica de vários Estados, como
paralisações de obras, corte de bolsas de manutenção acadêmicas e pesquisas,
chegando ao absurdo da falta de recurso para pagar energia elétrica e os
funcionários terceirizados.
Segundo balanço do Ministério da
Educação (MEC), no ano passado, havia 456 obras em execução nas universidades
federais. Este corte afetou diretamente a conclusão destas obras, como é o caso
da Universidade Federal de Tocantins, que suspendeu temporariamente a
construção de salas de aula e bibliotecas. No total, 29 obras foram
paralisadas.
Também foi prejudicada a construção de novos restaurantes
universitários na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA) não têm
dinheiro nem para pagar a conta de luz. No caso da UFBA, o atraso no pagamento dos
meses de maio e junho deste ano está acumulado no valor de R$ 2,3 milhões, e,
como consequência, houve o corte do fornecimento de energia elétrica.
A UFRJ adiou o início das aulas por
falta de recursos para pagar o salário dos trabalhadores terceirizados, e a
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) suspendeu o calendário letivo do
segundo semestre de 2015 para os alunos da graduação presencial e à distância.
Em nota oficial, a Reitoria justificou a medida devido ao corte orçamentário e à greve dos funcionários
técnico-administrativos da instituição.
Fonte: Jornal A Verdade, de São Paulo. Matéria publicada no dia 14 de
agosto de 2015.
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