Por
Hugo Freitas
Contrariando
a Recomendação do Ministério Público do Maranhão, que "identificou 25 questões com fortes indícios de plágio nas provas elaboradas pela Fundação Sousândrade" para a realização do concurso para professores da rede estadual de ensino, o
governador Flávio Dino (PCdoB) decidiu, de forma unilateral, homologar o
resultado final do certame.
Ao
tomar essa decisão, poucas horas depois do anúncio da manifestação ministerial, por meio de Decreto e sem nenhuma justificativa, Flávio
recrudesce uma "queda-de-braço" com o MP do MA. Para o comunista,
acatar uma Recomendação de realização de novo concurso, com novas provas, seria
dar sinais de fraqueza e de fracasso, além de conferir a si (ex-juiz federal) e ao seu staff de
bacharéis, perante a sociedade maranhense, um "atestado de
incompetência" e de desalento em relação a esse tão aguardado concurso,
que chegou próximo dos 100 mil inscritos para a disputa de 1.500 vagas.
Todavia,
ao medir forças com o MP, que afirmou categoricamente que "as
irregularidades comprometeram a lisura do concurso, em razão da falta de
observância dos princípios constitucionais que devem nortear a ação da
administração pública", (CONFIRA AQUI), Flávio Dino pode ampliar ainda mais a imagem de
"ditador" que seus adversários políticos e boa parte da sociedade
civil vem talhando sobre ele no curso de seu mandato.
Pesa
ainda contra o governador o fato de ter sido aprovado, no dia 25 de maio de 2015, o Projeto de Lei, de autoria do próprio Executivo estadual, já sob o comando dinista, Orçamento que
previa o preenchimento de 3.001 vagas para a carreira de professor do Estado, conforme noticiou portal do UOL especializado em concursos em todo o Brasil (CONFIRA AQUI).
No entanto, apesar da aprovação pela Assembleia Legislativa do Maranhão, apenas metade desse total foi ofertado para este polêmico certame, já eivado de
muitas irregularidades e denúncias de fraude que pipocaram em diversas regiões
do estado. Aqui, cabe a pergunta: O que foi feito do dinheiro previsto no orçamento para a outra metade das vagas? Com a palavra, os Leões.
Outra grande expectativa em relação ao mercado de empregos públicos no estado é o "seletivo da Saúde", com cerca de 8 mil vagas, cargos estes que poderiam ser preenchidos também por meio de concurso público. Entretanto, através da empresa estatal EMSERH, criada no Governo Roseana Sarney, Flávio Dino optou pela "contratação temporária" de servidores, uma forma de manter sob as rédeas curtas um setor estratégico para qualquer agente político em posto de comando.
Outra grande expectativa em relação ao mercado de empregos públicos no estado é o "seletivo da Saúde", com cerca de 8 mil vagas, cargos estes que poderiam ser preenchidos também por meio de concurso público. Entretanto, através da empresa estatal EMSERH, criada no Governo Roseana Sarney, Flávio Dino optou pela "contratação temporária" de servidores, uma forma de manter sob as rédeas curtas um setor estratégico para qualquer agente político em posto de comando.
Mas
isso é assunto para um próximo post.
Por
ora, o que se imagina é que assim como o concurso do Tribunal de Justiça se
tornou um dos "calcanhares de Aquiles" do Governo Roseana Sarney (PMDB) por se
arrastar nas Cortes (in)competentes, o concurso para professores do estado tende a ter o mesmo grau de gravidade para o governador, que já acumula "brigas homéricas" com os servidores do Judiciário por conta do não pagamento de reajuste previsto em Lei (21,7%).
Essa "queda-de-braço" entre Ministério Público e Governo Dino está apenas começando... Agora é aguardar o desenrolar dessa nova "novela"... na Justiça.
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